segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Num dia desses, resolvi dançar. Dancei com uma louca em casa mesmo... Sim, todos os seres dançam em casa, até a minha avó quando escuta um louvor mais dançante mexe com os pezinhos... Eu só coloquei o lado favela para fora e fui até o chão.Sei que isso não passa de um momento alterado, porém são eles os mais engraçados.Incrível como a gente se sente bem fazendo essas coisas que só a gente mesmo vê. Queria que gravassem e me dessem de presente. Espiões, quero ser espionada e filmada, mas só dançando.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Li sei lá onde que uma ligação da mãe é equivalente a um abraço. Chorei. Chorei porque não sabia que estava sendo tão abraçada por esses tempos. Era para ser confortante, não acha? Porém, demorei esse tempo toda da minha vida para receber abraços e agora o telefone resolve isso... Céus.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010


Esses dias cinzas me fazem lembrar da pedrinha que eu cuidava.Sim, CUIDAVA.Ela era esse tipo de pedra de obra mesmo, mas que por algum motivo psicriático ainda não explicado, eu a tinha por grande afeto. Não a fiz de amuleto da sorte, muito menos de uma mera pedra bonita, até porque era feia, como já disse, ela era pedra de obra , aquelas pedras que se misturam com o cimento para formar a parede.Até hoje ao falar dela, volta em meu peito aquele sentimento materno e único.Não quero reforçar sem motivos a ideia de que eu sou estranha, é nítido que sou estranha.Porém o episódio da pedrinha em minha vida marcou.Eu tinha uns 7 anos e diversos brinquedos, mas eu só queria saber da pedra de obra que encontrei na calçada da casa da minha mãe, que sei lá por que motivo me completava.Não a tenho mais e nenhuma pedra será igual a minha pedrinha, que num belo dia, num cochilinho da tarde, tiraram ela de mim.Sim! Tiram ela de mim!E até hoje ninguém fala do assunto.Por onde anda a minha pedrinha? Será que ela virou uma parede imensa? Vai saber...

sábado, 2 de outubro de 2010

Adjunto Adverbial de Tempo

Se for para me elogiar e colocar o adjunto adverbial de tempo no elogio, eu não aceito. Serei mais clara.Pense comigo, quando te elogiam assim:"Nossa, HOJE, você está tão bonita", por mais agradável que seja ouvir a palavra bonita se referindo a você, esse HOJE, delimita, portanto, TODOS OS OUTROS DIAS você não é bonita, mas EXCEPCIONALMENTE naquele dia você é.
É quase uma ofensa, ora bolas...
Enfim, preciso parar de analisar as coisas assim...

domingo, 4 de julho de 2010


Eu passei o ensino fundamental todo sem receber qualquer cartinha de amor, mas também não mandei nenhuma.Não era do tipo de me apaixonar pelos meninos da minha turma, nem da outra turma, sinceramente, me sinto meio et. quanto escuto as pessoas falando da infância e mencionando aquelas paixões, eu não me apaixonei no colégio. Lembro de como as meninas ficavam todas ouriçadas com os meninos, e eu ali, sem querer sentir aquilo, não queria experimentar aquele sentimento estranho aos meus olhos.Eu, de longe, achava um certo exagero aquela euforia toda, não entendia como aquilo podia tornar as pessoas tão agitadas.Sempre fui meio estranha e falar disso não é nenhuma vanglória.O mais engraçado era quando as meninas se reuniam para conversar sobre as suas paixões,eu ficava ali naquele meio só para não ser absolutamente sozinha, eu acha engraçado perceber aquelas meninas descabeçadas, eu nunca falava nada de nenhum menino, até que um dia me perguntaram o porquê de eu nunca falar da minha paixão, até que eu disse: eu não me apaixonei por ninguém.Elas riram e saíram de perto de mim.Isso explica eu ter estudado por muito tempo com uma única turma e não ter feito grandes amizades.Não me arrependo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Uns dias atrás, eu recebi uns quatro "NÃOS". Hoje, eu recebi dois "SINS" que são tão leves e dignos, que mesmo que eu recebesse 100 "nãos" amanhã ou depois, nada iria me tirar desse céu.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Rio, Rio.


Eu desejei tanto a chuva para me banhar, que recebi de aniversário um presente trágico. O meu aniversário foi um riso tragicômico, meio Machado de Assis. E fizeram questão de frisar :" - Que presentão de aniversário, hein."
Por mais que todas as pessoas que eu amo tenham se lembrado de mim, me fazendo sentir especial, eu não consigo me esquecer da imagem daquele pai que perdeu os seus filhos para a terra descontrolada, aquelas pessoas já tão sofridas vendo as suas vidas enterradas sob os escombros. Perder o seu teto, é se sentir nu. E debaixo daquele teto totalmente enlamaçado, famílias enlamaçadas ficaram. Ainda os culpam por morarem ali, os culpam da sua pobreza imposta. Então, onde eles morariam? A rua já está superlotada, pelo menos eles tiveram dignidade de ter um lar,construídos por eles, com o dinheiro miserável desse salário mínimo desumano. E ficamos todos na expectativa do sol firmar, o governo do Rio até renovou um contrato com um mulher que incorpora um Cacique que controla o clima, parece até os meus sonhos mais bizarros essa realidade dura. Ainda tem quem fale " eu sobrevivi o dia 06/04/2010", eu nasci no dia 06/04, sentimentos completamente diferentes.O Rio, cidade dos sorrisos, agora é o Rio do luto profundo e no peito de quem mora por ali, fica a incerteza do amanhã.

segunda-feira, 5 de abril de 2010



E essa ansiedade de mais um aniversário que não me deixa em paz? Não sei dizer se é boa ou ruim, mas em todos os meus aniversários eu sinto esse frio na barriga, um misto estranho de felicidade e medo, que por sinal não é ruim de se sentir. Não gosto de estar em evidência e também não espero nada de diferente das pessoas no "meu" dia, o que eu venho fazendo de uns dois anos para cá é um ritual musical em homenagem a minha nova idade, faço uma seleção de músicas preferidas e ouço com a alma, é uma maneira de tocá-la, sinto assim, que ali no fundo, aquele dia é realmente especial, sei que ele acaba em 24h, mas enquanto estou acordada, me presenteio com pequenas coisas simples, como roubar uma flor de um canteiro, imaginar desenhos nas nuvens, comer doces, escrever, me emocionar com uma ou outra mensagem de felicitações, além, é óbvio, de mudar o meu perfil do orkut com um texto bem a ver com a data...
Esse ano queria tomar um banho de chuva e se a natureza não estiver de birra comigo, ela vai me presentear.
Será o meu primeiro aniversário a 1148 Km de distância do abraço acalorado da minha mãe e dos desejos de juízo das minhas tias, 1148 Km longe dos parabéns obrigados e falsos e a 1148 Km longe dos chopps com os amigos.

domingo, 14 de março de 2010

Ontem


Eu adoro cutucar as minhas feridas quando digo que a minha família nunca ligou muito para mim, acho que repito isso muitas vezes para eu ter forças para seguir, sem ficar presa a essa palavra que muitas das vezes para mim foi e é apenas um substantivo abstrato. Mas, ontem foi diferente, ontem senti vontade de estar perto de todos, de abraçar todos,de rir das piadas chatas dos meus tios, de ouvir as reclamações das tias, de mimar as minhas primas mais do que mimadas, de falar da minha vida sem me irritar, de dizer a todos o quanto eles são importantes para mim e que não me importava se não fosse recíproco. Sou muito crítica e espero muito das pessoas, o que preciso entender é que não se deve esperar muito, apenas sentir o que o momento nos oferece, sem nada de muito profundo e digno de análises, é apenas o momento familiar pelo momento familiar, nada de ressentimentos.É só e lindamente a voz da minha avô, ali, nos unindo por um elo meio fraco, mas que vale a pena eu me desarmar e sentir. Eu sou muito ruim comigo mesma, mesmo que a minha intenção seja me proteger, eu antecipo o sofrimento tentando me poupar, não sei se isso é viver. Eu adoro falar que a vida me calejou, mas na verdade quem me caleja sou eu. Mas ontem foi diferente, eu me permiti, chorei tanto.

segunda-feira, 8 de março de 2010

100 kg de vontade + 500 kg de ansiedade = FRUSTAÇÃO.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Algumas pessoas emanam frustração, seria muito triste se não fosse irritantemente engraçado.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Careca.


Eu já pensei que fosse ficar definitivamente careca e isso não era como de costume neurose minha, os meus cabelitos estavam mesmo despencando (não coloco "caindo", pois iria suavizar a minha situação.)
Onde eu fosse, ficava a minha marca, sempre quilos e mais quilos de cabelo, consultórios, mercado, curso, amigos, sim, em amigos e assim vá. Sem falar do chão da minha casa, travesseiros e ralo.
Eu passei a não ter cabelo, eu passei ter fios de cabelos e um couro cabeludo branco bem a mostra, um charme só.
O pior além do incomodo de ter sempre que tirar metros de cabelo das pessoas ao meu redor, era triste me imaginar velha e sem ter onde colocar os grampos ou ser conhecida como a vovô careca.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Nada bom


Nunca fui uma criança muito típica. Me preocupava se meus pais eram felizes e sofria com a possibilidade de perde-los. O meu desespero era tão grande, que o que me fazia dormir no meio da cama deles não era só o medo de monstros ou do escuro, mas também medo de não poder te-los ali.
Confesso que esse medo vem me atazanando novamente, mas não tenho mais a cama deles por perto, o meu quarto não é mais do andar de cima, não tenho aquela desculpa de ser criança. Hoje esse medo é mais concreto, pois quanto mais aniversários vamos fazendo, mais crescidos e velhos vamos ficando e os nossos pais também.
Entrar na fase adulta nunca me caiu bem e eles iniciam a velhice. Quem disse que crescer é bom?
Será que foi bom eu falar disso?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Medo de voar.


Poucas coisas são mais desconfortáveis que "andar" de avião. Você simplesmente embarca, senta, presta nem 1% de atenção nas instruções de socorro, só desliga mecânicamente o celular, a comissária de bordo simpaticamente nos ensina a colocar a tal máscara, nos indica com os gestos suáveis onde ficam as saídas de emergência e pronto, segundos depois estamos pelos ares, você sente como se a sua alma saísse do seu corpo, metade do corpo na terra e a outra metade no céu. Aquela doce inclinação que não sei se só o meu corpo sente é o momento que vem uma mensagem para o meu cérebro: começou o terror! E assim vai, coração saindo pela boca, boca seca, cara pálida e logo vem aquela voz (que inconscientemente vira Deus, pois nos dá um certo conforto e estamos em suas mãos) calma e nos avisa o tempo de voo, fala das novas regras da ANAC, fala do cartão de crédito tal, praticamente um artista. O alívio começa a querer surgir, mas é tão inseguro está ali nas nuvens, olhando para aquelas asas de metal.Quando você começa a achar que é um exagerado e medroso e que o lanchinho está preste a ser servido ( acho que isso é meio que uma jogada, pois sabem que comer é uma forma de sair da realidade triste) entramos numa área de turbulência, não é nada tranquilo para mim, aquele sacode mexe com o meu sistema nervoso que nem sei se um antidepressivo iria dar jeito, é um suador, misturado com fobia e aquela sensação de não poder fazer nada, afinal, para onde correr se algo der errado? Voar como passarinhos? Passado a instabilidade, vamos para o lanche, aquele biscoitinho salgados, um doce e opção de bebidas. Pronto, virou festa, todos começam a rir, a conversar, alguém que está preste a morrer não teria direito a um lanche, ? Acredito que esse é o pensamento incubado de muitos, pelo menos eu sinto mais chances de sobreviver quando me servem balas logo após o super lanche. Nesses momentos sempre observo a expressão das pessoas, normalmente estão todas aliviadas por algum motivo... E assim, passa o tempo e a voz calma retorna e nos avisa sobre a aterrissagem, eu quase solto fogos, mas só faria isso se não fosse tão ruim aquela sensação do avião descendo, aquele barulho das turbinas e aquele velho frio na barriga.Mas, até hoje sobrevivi e para a minha triste insegurança voarei cada vez mais.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pássaros daqui

Eu sinto falta dos pássaros passando pelo céu em bando, não sei se passei a olhar menos para cima ou se aqui em Brasília os pássaros também tem um setor. Estranho, ? Aqui nem tem como eu dizer que "as aves que aqui gorjeiam,não gorjeiam como lá", pois não ouço canto dos pássaros.O bom de morar em cidade do interior é que você passa sentir a natureza mais de perto e passa a entender o céu.Eu sabia sempre quando ia chover e os pássaros sempre cantavam quando no relógio batia cinco da tarde.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Estou meio frustrada por não existir nenhuma música com meu nome e nem nenhuma música que fale de mim. Eu ficaria satisfeita até com um padogão implorando pelo meu amor... Que carência!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Hoje eu tomei uma decisão: vou ouvir mais músicas. Já é um ótimo começo!

Espirro

Engraçado, a vontade de viver vem do nada, assim como um espirro.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Decidir

Sou tão confusa a ponto de entrar aqui para escrever e não conseguir decidir o assunto. Não sei se é a velocidade do meu pensamento ou se é questão de insegurança. Na verdade, eu estava querendo mesmo falar alguma coisa sobre decidir, ter essa atitude, acabou que entrei aqui e me peguei mais uma vez nesse dilema. Dizem que ariano é corajoso, eu sou corajosa, mas a minha coragem é seletiva, assim como a minha timidez é alternativa. Estou começando a acreditar que o poder da decisão se exerce no dia-a-dia, é como aprender a andar de bicicleta, aprender um novo idioma.É, deve ser por aí sim o caminho da salvação, mas sabe que eu não sei decidir se decido a ser decidida? Estranho, ? Sendo bem sincera, no fundo eu sou bem decidida, mas por inúmeras circunstâncias me tornei um tanto carentona, mas com certeza vai passar e questionar o que decidir é bom, sinal que não aceito qualquer coisa.
Ando não aceitando muitas coisas e sendo sincera para admitir o que realmente penso. Acho que já é um bom caminho para quem se julga insegura, apesar que os inseguros dificilmente teriam um blogger, será? No fundo sou de tudo um pouco, assim como qualquer um é, o que anda me atormentando é saber qual é o meu diferencial .

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

2009 começou para mim, em Setembro. 2010 no momento parece a continuação de 2009. Ainda não senti aquela sensação que de costume sinto nas viradas do ano, parece tudo uma continuação.Será que estou fria? Será que estou amadurecendo? Ou será que foram as circunstâncias?Estou repleta de planos, na expectativas, mas não entrei naquele climão que todos entram... Vamos ver como vai ser na virada de 2010 para 2011, se eu continuar assim, é por que realmente alguma coisa mudou em mim.