sexta-feira, 23 de maio de 2014

As pessoas do meu trabalho são chatas. Chatas em suas estranhezas. Eu trabalho com gente e por achá-las chata, chata também me tornei.Acho que fiz o curso errado. Letras deve ter como pré-requisito a chatice.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Queria estudar, depois não queria mais. Quis trabalhar, larguei tudo. Agora não quero mais. Eu não quero muitas coisas. Pelo menos assumo.

sábado, 4 de maio de 2013

Laura e a angustia

-"Queria não está tão angustiada, queria poder gritar tudo que sinto"... Pensou Laura, já que falar não era permitido. Laura se viu pressa em si mesma, uma prisão tão enclausurada quanto sufocante, sem luz. Laura chorou e chora. Com certeza ela queria dias pelo menos comuns e sem a obrigação de ter que dar satisfação de suas caras feias, de seu sono, de seu mau humor, de seu cansaço do mundo e das pessoas. Laura pensou consigo e não encontra solução, queria poder desabafar ou sumir, queria correr num labirinto, se perder para não ter que encontrar com a sua liberdade tão triste. Laura é naturalmente alegre, mas a sua alegria anda seletiva, a sua alegria existe quando ela fica em paz e sozinha. A solidão imposta por ela mesma é o seu maior momento de libertação. Quem foi que disse que a solidão é ruim?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Começo a me arrepender desse filme, disse Laura.

Para perceber o nível de paranoia ou realidade da Laura, vai depender de você para chegar a essa conclusão... Bem, Laura costuma dizer que a gente se identifica com músicas, filmes, fotos, desenhos, porque acha que tudo tem uma explicação psíquica, tudo tem um passado, um futuro e nada é em vão. Ela acha que filmes, em especial, mexem com a gente por tocar em nossas feridas, em nossas vontades, medos, sonhos, não sabe ao certo, mas um filme pode retratar muitas coisas. Desde que conhece Álvaro, Laura sabe da sua preferência por mulheres novas, não é á toa que ela é 9 anos mais nova que ele. E isso ás vezes a atormenta, porque ela vai envelhecer e quer envelhecer em paz. Esse é um fantasma que assombra, principalmente, quando ela se sente gorda ou está de TPM. E hoje é esse dia, o dia da crise do futuro. Laura e Álvaro, finalmente assistiram juntos ao filme Beleza Americana, filme que ele AMA!Laura por tempos correu para não assisti-lo , porque ela se conhece e sabe que ficaria assim, realista ou paranoica, depende de você para julgar. Álvaro ama o filme e Laura acredita que ele se identifique com algo, é nítido a sua fascinação estranha. Laura por horas ficou calada, como se aquele filme fosse um alerta do que estaria escrito em seu futuro e isso a deixou triste. Laura antecipou o sentimento de traída, trocada para aquela noite e tudo virou sombra e certeza. Seria loucura isso tudo? Laura odeia a ideia dessa identificação, que na verdade, nem ela consegue identificar... Acho que Álvaro um dia vai se libertar. Laura chora em silêncio e se sente idiota.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Não sei ser muito sonhadora, na verdade eu me irrito muito com coisas que eu não posso tocar... E no momento estou vivendo de sonho e desejos, não sei até quando irei suportar estar assim. Quero algo palpável, concreto e que me dê um dinheiro no final do mês. Ah, não quero me tornar uma pessoa desinteressante que só fala da casa, da diarista, das plantas... Ah, sei lá, estou mal hoje, mal comigo mesma.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sem inspiração para o título.

Desde ontem percebi que o meu dia seria quase um filme da Sofia Coppola. Segunda fria, cinza, sem muitos diálogos, sentimentalismo e confusão interna. Falta apenas uma música melancólica de fundo e pronto, estaria concorrendo um Oscar. Eu gosto das coisas intensas, mas que não sejam tão intensas a ponto de me tirar a paz. Eu gosto de estar em paz e detesto ter que lutar contra esses dias que cismam em ser chatos. Eu gosto de tudo iluminado e com esperança, sei que isso é uma utopia, mas é que já passei da fase de gostar de sofrer. Claro que não querer sofrer não nos torna inumes ao sofrimento. E não, não estou sofrendo no momento, só estou conflitante, nada demais. Não gosto quando as coisas que almejo começam a perder sentindo, sinto como se um pedaço meu não fosse verdade. Parece que eu preciso me remontar todas as vezes que necessito acreditar em algo que eu mesma perdi a fé. E a gente vai cansando de ser remontar. Não digo recriar, porque eu também ando sem paciência de me descobrir, acho que já me conheço o suficiente para não querer me descobrir mais, pois quando se recria algo, uma parte do original não vai e eu gosto do original que eu acho que existe em mim. E estou aqui, sem trabalhar, por acreditar que um dia seria concursada. Tenho que aprisionar a Ariana que existe aqui e liberar qualquer coisa que sonhe muito e tenha disciplina. É antinatural demais, eu sei, mas eu preciso acreditar que em algum momento na minha vida eu vou tentar algo de verdade e concluir. Eu nunca me dediquei de corpo e alma a nada e só conclui coisas que não tinham como eu não concluir, como: Ensino Fundamental, Ensino Médio e Faculdade. Eu sou uma nômade preguiçosa. E também desisti de ser revolucionária. Cansei de ter opinião forte em quase tudo. Estou um pouco acessível, não me importo com as grandes diferenças. E principalmente, estou egoísta e sincera. Egoísta no sentido de não me importar com o que as pessoas vão pensar do que falo e faço e isso também é ser sincera. Nossa, que coisa, ser sincero é ser um pouco egoísta, acabei de perceber isso escrevendo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Às vezes me dá uma vontade louca de voltar pro Rio, de ficar perto da família... Mas, eu me conheço o suficiente para saber que se isso acontecesse, eu ficaria louca para ir para longe... Queria um longe meio perto, mas nem tão perto e nem tão longe... Ou seja, mais uma vez quero o impossível.