segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sem inspiração para o título.

Desde ontem percebi que o meu dia seria quase um filme da Sofia Coppola. Segunda fria, cinza, sem muitos diálogos, sentimentalismo e confusão interna. Falta apenas uma música melancólica de fundo e pronto, estaria concorrendo um Oscar. Eu gosto das coisas intensas, mas que não sejam tão intensas a ponto de me tirar a paz. Eu gosto de estar em paz e detesto ter que lutar contra esses dias que cismam em ser chatos. Eu gosto de tudo iluminado e com esperança, sei que isso é uma utopia, mas é que já passei da fase de gostar de sofrer. Claro que não querer sofrer não nos torna inumes ao sofrimento. E não, não estou sofrendo no momento, só estou conflitante, nada demais. Não gosto quando as coisas que almejo começam a perder sentindo, sinto como se um pedaço meu não fosse verdade. Parece que eu preciso me remontar todas as vezes que necessito acreditar em algo que eu mesma perdi a fé. E a gente vai cansando de ser remontar. Não digo recriar, porque eu também ando sem paciência de me descobrir, acho que já me conheço o suficiente para não querer me descobrir mais, pois quando se recria algo, uma parte do original não vai e eu gosto do original que eu acho que existe em mim. E estou aqui, sem trabalhar, por acreditar que um dia seria concursada. Tenho que aprisionar a Ariana que existe aqui e liberar qualquer coisa que sonhe muito e tenha disciplina. É antinatural demais, eu sei, mas eu preciso acreditar que em algum momento na minha vida eu vou tentar algo de verdade e concluir. Eu nunca me dediquei de corpo e alma a nada e só conclui coisas que não tinham como eu não concluir, como: Ensino Fundamental, Ensino Médio e Faculdade. Eu sou uma nômade preguiçosa. E também desisti de ser revolucionária. Cansei de ter opinião forte em quase tudo. Estou um pouco acessível, não me importo com as grandes diferenças. E principalmente, estou egoísta e sincera. Egoísta no sentido de não me importar com o que as pessoas vão pensar do que falo e faço e isso também é ser sincera. Nossa, que coisa, ser sincero é ser um pouco egoísta, acabei de perceber isso escrevendo.