segunda-feira, 18 de outubro de 2010


Esses dias cinzas me fazem lembrar da pedrinha que eu cuidava.Sim, CUIDAVA.Ela era esse tipo de pedra de obra mesmo, mas que por algum motivo psicriático ainda não explicado, eu a tinha por grande afeto. Não a fiz de amuleto da sorte, muito menos de uma mera pedra bonita, até porque era feia, como já disse, ela era pedra de obra , aquelas pedras que se misturam com o cimento para formar a parede.Até hoje ao falar dela, volta em meu peito aquele sentimento materno e único.Não quero reforçar sem motivos a ideia de que eu sou estranha, é nítido que sou estranha.Porém o episódio da pedrinha em minha vida marcou.Eu tinha uns 7 anos e diversos brinquedos, mas eu só queria saber da pedra de obra que encontrei na calçada da casa da minha mãe, que sei lá por que motivo me completava.Não a tenho mais e nenhuma pedra será igual a minha pedrinha, que num belo dia, num cochilinho da tarde, tiraram ela de mim.Sim! Tiram ela de mim!E até hoje ninguém fala do assunto.Por onde anda a minha pedrinha? Será que ela virou uma parede imensa? Vai saber...

sábado, 2 de outubro de 2010

Adjunto Adverbial de Tempo

Se for para me elogiar e colocar o adjunto adverbial de tempo no elogio, eu não aceito. Serei mais clara.Pense comigo, quando te elogiam assim:"Nossa, HOJE, você está tão bonita", por mais agradável que seja ouvir a palavra bonita se referindo a você, esse HOJE, delimita, portanto, TODOS OS OUTROS DIAS você não é bonita, mas EXCEPCIONALMENTE naquele dia você é.
É quase uma ofensa, ora bolas...
Enfim, preciso parar de analisar as coisas assim...